sábado, 18 de agosto de 2012

HOMÍLIA DA SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA


HOMÍLIA DA SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Depois da sua peregrinação neste mundo Maria foi elevada a glória celeste, onde está sentada a direita de seu divino Filho. É assim que se inicia a formula do dogma da Assunção de Nossa Senhora ao céu, proclamada por Pio XII em 1950.  As leituras contemplam esta realidade. A 1ª Leitura apresenta uma mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés, o Filho que ela deu à luz, um varão, irá reger todas as nações. Nesta imagem a Mulher e o Filho representam Jesus Cristo e a Igreja, mais a mulher representa também Maria.
A 2ª Leitura completa a idéia da 1ª. Paulo, falando de Cristo, primícias dos ressuscitados, termina dizendo que, um dia, todos os que crêem terão parte na Sua glorificação, mas em proporção diversa: “Primeiro, Cristo, como os primeiros frutos da seara; e a seguir, os que pertencem a Cristo”. Entre os cristãos, o primeiro lugar pertence, sem dúvida, a Nossa Senhora, que foi sempre de Deus, porque jamais conheceu o pecado. É a única criatura em quem o esplendor da imagem de Deus nunca se viu ofuscado; é a Imaculada Conceição, a obra prima e intacta da Santíssima Trindade em quem o Pai, o Filho e o Espírito Santo sentiram as suas complacências, encontrando nela uma resposta total ao Seu amor.
Ela é a nossa grande intercessora junto do Altíssimo.  “Nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tivesse recorrido à vossa proteção fosse por Vós desamparado”, rezava São Bernardo. Procuremos confiar mais na sua intercessão, persuadidos de que Ela é a Rainha dos céus e da terra, o refúgio dos pecadores, e peçamos-lhe com simplicidade: Mostrai-nos Jesus!
 A Assunção de Maria é uma preciosa antecipação da nossa ressurreição e baseia-se na ressurreição de Cristo, que transformará o nosso corpo corruptível, fazendo-o semelhante ao seu corpo glorioso. Por isso São Paulo recorda-nos: “Se a morte veio pelo pecado de Adão, também por um homem, Cristo, veio à ressurreição. Por Ele, todos retornarão à vida, mas cada um a seu tempo: como primícias, Cristo; em seguida, quando Ele voltar, todos os que são de Cristo; depois , os últimos, quando Cristo devolver a Deus Pai o seu reino…
Essa vinda de Cristo, de que fala o Apóstolo, disse o Papa João Paulo II, “não devia por acaso cumprir-se, neste único caso (o da Virgem), de modo excepcional, por dizê-lo assim, imediatamente, quer dizer, no momento da conclusão da sua vida terrena? Esse final da vida que para todos os homens é a morte, a Tradição, no caso de Maria, chama-o com mais propriedade dormição. Para nós, a Solenidade de hoje é como uma continuação da Páscoa, da Ressurreição e da Ascensão do Senhor. E é, ao mesmo tempo, o sinal e a fonte da esperança da vida eterna e da futura ressurreição”.
Fixemos o nosso olhar em Maria, já assunta aos céus. Ela é a certeza e a prova de que os seus filhos estarão um dia com o corpo glorificado junto de Cristo glorioso. Jamais percamos a esperança de um dia participarmos da glória do céu. Se formos verdadeiros devotos da Virgem ela nos tomará pela Mao nos conduzirá ate Jesus.

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