sábado, 20 de outubro de 2012

HOMÍLIA DO VIGESIMO QUINTO DOMINGO DO TEMPO COMUM


HOMÍLIA DO VIGESIMO QUINTO DOMINGO DO TEMPO COMUM
A Igreja de Cristo forma o corpo de Cristo onde somos chamados a viver na unidade, a seguir a sabedoria do alto, a termos um coração pacifico. O cristão tem a missão de construir o Reino de Deus, reino de paz e de justiça. A comunidade cristã deve ser lugar de reconciliação, do perdão e da festa. Mas nem sempre vivemos assim, já desde os primórdios enquanto o divino Mestre anuncia a sua morte iminente, os apóstolos estão discutindo sobre quem é o maior, o mais importante.
Sempre a maldita necessidade de se sobrepor aos outros, ser o grande, ser aquele onde todas as coisas giram. O homem sempre deseja ser o “umbigo do mundo”. Ter como diz São Paulo uma estima maior do que lhe convém. Dai, nascem às divisões, as brigas, as guerras como afirma Tiago. Sabemos que isso não convém a cristãos. Como dizia São Bernardo “como é que queremos ser coroados com uma coroa de ouro enquanto o nosso Rei esta coroado com uma coroa de espinho?”.
A carta de Tiago nos ajuda a responder de onde vêm as divisões. Colocamos a culpa nos outros. São eles que precisam se converter. Tiago da outra resposta: O problema não são os outros, mas as nossas paixões que fazem guerra dentro de nós.
São Doroteu de Gaza dá o seguinte exemplo: uma pessoa está em paz, de repente chega alguém e o agride, ele se vê perturbado por uma palavra ofensiva ficando com raiva e diz em seu íntimo: “Se este irmão não tivesse vindo me perturbar, eu não teria pecado”. É um raciocínio falso. O outro irmão apenas revelou a paixão que já estava no coração dele. Assim, esse irmão se parece com um pão de trigo puro, exteriormente de bom aspecto, mas que, uma vez partido, deixasse ver sua podridão. Acreditava-se em paz, mas trazia uma paixão que ignorava. Uma única palavra de seu irmão revelou a podridão escondida em seu coração.
A cura para as nossas paixões Jesus oferece no evangelho apresentando uma criança aos apóstolos carreiristas: a humildade. A humildade encontra-se na raiz de todas as virtudes. Ela remove os obstáculos para que a pessoa receba as graças de Deus. A humildade se funda na verdade e na justiça. Dizia Santa Tereza D’Avila que a humildade é a verdade. Ela nos concede o conhecimento mais profundo de nós mesmos. São João Crisóstomo afirmava que: “Nada torna o cristão mais admirável do que a sua humildade”
Um dia santo Antão disse: Vi todas às emboscadas de Satanás espalhadas sobre a terra para derrubar os cristãos.  E disse gemendo: quem poderá vencer estas armadilhas? E ouvi uma voz: a humildade.
Enfim como diz São Gregório que nenhum orgulho se manifeste entre vocês, e sim a simplicidade, a harmonia, e a atitude sensível, pois é isto que faz a comunidade crescer.

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