sábado, 20 de outubro de 2012

HOMÍLIA DO VIGÉSIMO OITAVO DOMINGO DO TEMPO COMUM


HOMÍLIA DO VIGÉSIMO OITAVO DOMINGO DO TEMPO COMUM
A liturgia deste domingo fala do valor da sabedoria que deve ser buscada acima de todos os bens. Salomão na primeira leitura pede a Deus sabedoria, mais do que qualquer outra coisa. A riqueza passa, a sabedoria divina não se extingue, é eterna.
A sabedoria divina comunica-se aos homens por meio da Palavra de Deus. Na segunda leitura escutamos que esta palavra é viva e eficaz, penetra o mais intimo do ser humano e tem o poder de julgar todas as suas ações.
Aquele que quer deixar-se guiar pela sabedoria divina deve meditar a Palavra de Deus, deve aceitar que esta penetre em seu coração para iluminar e assim ajudá-lo a se desprender de todas as coisas que não estão em conformidade com ela. 
No evangelho um jovem pergunta a Jesus: O que é preciso fazer para alcançar a vida eterna?  Jesus responde: além da pratica dos mandamentos é preciso assumir os valores do Reino e segui-lo no caminho do amor a Deus e da entrega aos irmãos. Porém não esqueçamos que a vida eterna é sempre um dom gratuito de Deus, fruto da sua bondade, da sua misericórdia, do seu amor pelo homem; no entanto, é um dom que o homem aceita, acolhe e com o qual se compromete.
 Ora, Jesus convida o homem rico a mudar de mentalidade. Não se trata de vida eterna a ganhar, mas de seguir Jesus. A vida eterna é estar com Jesus! Eis a grande transformação a que Jesus vem provocar. Não se trata primeiro de fazer esforços para obedecer a mandamentos, trata-se primeiro de entrar numa relação de amor com Jesus. Trata-se de descobrir que Jesus nos ama. Por isso, “Jesus olhou para ele com amor”.
É este olhar que transforma tudo. Jesus quer fazer compreender ao homem rico que lhe falta o essencial: deixar-se amar em primeiro lugar, descobrir que todos os seus bens materiais nunca poderão preencher esta necessidade vital para todo o homem de ser amado. Senão, é impossível aprender a amar.
As riquezas são mesmo um obstáculo ao amor, porque as pessoas se tornam egoístas e o amor para ser verdadeiro precisa dizer ao outro: “Preciso de ti. Sem ti, serei pobre em humanidade”. Aprendamos que só há uma riqueza verdadeira: ser humano e está só adquirimos nos relacionando com os outros.
As riquezas do homem impediram-no de ler tudo isto no olhar de Jesus. O homem partiu. Jesus não lhe retirou o seu amor, acompanhou-o com o seu olhar de amor, como o pai do filho pródigo.

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