sábado, 20 de outubro de 2012

HOMILIA DA SOLENIDADE DE SÃO JUDAS


HOMILIA DA SOLENIDADE DE SÃO JUDAS
Estamos celebrando neste domingo a festa do nosso padroeiro São Judas Tadeu. Celebramos a festa de um apóstolo. A palavra apóstolo significa enviado. São Judas Tadeu discípulo de Jesus depois foi enviado em missão para anunciar o evangelho.
            Refletir sobre a vida dos apóstolos significa refletir sobre o fundamento de nossa fé. É claro que não pode haver outro fundamento senão Jesus Cristo. Somente ele é o caminho, a verdade e a vida. Mas foi desejo de Jesus que a Igreja tivesse como fundamento os apóstolos e os profetas.
 Este ano o Papa Bento XVI lançou em toda a Igreja o Ano da Fé. Há uma crise de fé na Igreja. Já não se acredita mais. Como já dizia São Paulo somos "sacudidos pelas ondas e jogados cá e lá por qualquer vento de doutrina?".
A nossa fé deve ser uma fé adulta e "Adulta" não é a fé que segue as ondas da moda e das novidades; adulta e madura é uma fé profundamente radicada na amizade com Cristo, que nos abre a tudo o que é bom e nos dá o critério para discernir entre verdadeiro e falso, entre engano e verdade. É esta fé adulta que devemos maturar, é a esta fé que devemos guiar o rebanho de Cristo. Só esta fé - só a fé - cria unidade e se realiza na caridade.
Quanto vento de doutrina fomos conhecendo nestas últimas décadas, quantas modas de pensamento... A fé de muitos cristãos foi frequentemente agitada por estas ondas, atirada dum extremo ao outro.  A cada dia nascem novas seitas e se realiza o que disse São Paulo sobre o engano dos homens, sobre a astúcia que instiga no erro. Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é muitas vezes etiquetado de fundamentalismo. Ao passo que o relativismo (isto é, o deixar-se levar "de cá para lá por qualquer vento de doutrina") aparece como a única atitude à altura dos tempos modernos. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que deixa como última medida só o próprio "eu" e a sua vontade (Bento XVI).
O católico com frequência não conhece nem mesmo o núcleo central da própria fé, do Credo. Não tem clareza sobre as verdades a serem acreditadas e sobre a singularidade salvífica do cristianismo. Somente a fé que tem como base os apóstolos é que pode nos dar o norte da nossa existência. Nesta festa convido a todos nós a renovarmos a profissão de fé que veio dos apóstolos.

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