sábado, 7 de abril de 2012

HOMILÍA DO SABADO SANTO

HOMILÍA DO SABADO SANTO

Nesta noite santa meus irmãos somos convidados pela liturgia a contemplarmos o mistério pascal da paixão-morte-ressureição do Senhor, no qual converge toda a história da salvação da humanidade.
Para esta contemplação a liturgia nos oferece uma série de leituras referentes às etapas mais importantes desta história maravilhosa para depois nos concentrar no mistério do Cristo.
Cristo representado neste círio pascal é o alfa e o ômega da história. Ele é o principio e o fim. O Criador e o salvador do homem.  Veio para restaurar a nossa dignidade que havíamos perdido.
A primeira leitura apresenta a obra da criação saída das mãos de Deus. Obra boa, pois criada por aquele que é a própria bondade, se logo vem o pecado Deus se encarrega de restaurar a sua criação através do sacrifício de seu Filho. De Jesus é figura profética o sacrifício de Isaac. Mas, assim como Isaac foi libertado Cristo também será libertado do sepulcro.
Através da morte de Cristo toda a criação é restaurada e o homem encontra o caminho para a comunhão com Deus. Este caminha que começa com o itinerário batismal nos é lembrado na passagem do Mar Vermelho que é símbolo do batismo. Todo povo de Deus guiado pela coluna de fogo atravessou o mar a pé enxuto e se libertou da opressão do Egito. Também nós que somos o novo Israel somos libertados por Cristo da escravidão do pecado e atravessamos iluminados pelo Senhor o mar vermelho símbolo do pecado e da escravidão para chegarmos à terra prometida onde nos alimentaremos do verdadeiro mana que é o próprio Cristo.
Celebrar a páscoa significa passar com Cristo da morte para a vida, passagem já iniciada com o batismo, mas que deve ser realizada todos os dias da nossa vida. Todo o dia o cristão tem que passar o Mar Vermelho, tem que afogar o faraó, isto é o demônio que o deseja dominar, também afogar os egípcios que são os vícios e pecados.
É assim que participamos da morte de Cristo fazendo destruir o homem velho vendido ao pecado e deixando surgir em nós o homem novo iluminado pela luz de Cristo.
Com Santo Agostinho podemos dizer: hoje o céu exulta e a terra se alegra, pois nesta noite a luz brilhou para nós com mais intensidade partindo do sepulcro. O Cristo que estava morto ressuscita trazendo consigo da mansão dos mortos todos os justos, destruindo a morte e abrindo para o homem a vida verdadeira.

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